sábado, 8 de novembro de 2014

Coração Paradoxal



Coração Paradoxal

Descobrimos que temos um coração que sente e  cuidamos para que nada de ruim aconteça e caminhamos sozinhos por estradas que podem ser cinzentas.  Curiosos, ao longo da vida pessoas nos despertam interesse e nos despersonalizamos para agradá-las enquanto defendemos nosso coração acima da cabeça. 
Certamente alguém nos tocará e com armadilhas que só o amor conhece, deixaremo-nos abater, relutantes! Aquilo irá nos parecer o melhor a fazer. Teremos um instante de conforto enquanto a paixão nos tirar a razão e logo perceberemos que estamos irremediavelmente ligados a alguém, amando.
Mas o amor é cheio de perigos! Tentações, animosidade, medo da rejeição, ciúmes, posse, anulação, sacrifício. E outras histórias podem interessar ambos, mas estamos atados. Não há como fugir. Nosso coração já não nos pertence! 
Então, começa uma nova batalha para recuperarmos NOSSO coração e individualidade, contudo já não somos um e a outra pessoa não nos liberta porque afinal aquele coração também é dela. 
Descontrolamo-nos, chantageamos, choramos, brigamos e finalmente perdemos a cabeça em nome do amor! 
E, colocar outras pessoas para nos resgatar daquela fúria amorosa em que nos enredamos, só aumenta o sofrimento  das almas incautas que se envolvem neste emaranhado de sentimentos. 
O que não falar dos amigos que tentam resgatar aquele coração trazendo mais gente para esta massa disforme que se tornou o amor apenas aumentando a celeuma e nos deixando mais despersonificados e sozinhos na multidão? 
Nosso coração está bem no meio de um tumulto, em um mar tormentoso que exige um bom timoneiro: o AMOR-PRÓPRIO. Auto-estima e amor-próprio  são poderosos aliados quando os usamos a nosso favor. Conseguimos colocar a cabeça no lugar e trazer o coração de volta.

UFA!

A esta altura em que já não queremos mais sofrer, arrancamos o coração que ainda pulsa, e dizemos: NUNCA MAIS AMAREI NOVAMENTE... E morremos... não só para o amor, mas principalmente para a vida!