quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Botando as coisas no lugar.


Aquela noite de chuva e angústia parecia não ter fim. Tanto$ trâmite$ para a internação que o pensamento agora mudou para como pagarei isso tudo? Ilude-se quem pensa que vivo às custas de família! Trabalho desde os 15 anos, momento em que meus pais se desentenderam de vez e quem acabou pagando o pato fui eu e, do dia para a noite, precisei me manter ainda adolescente. Mas eu nunca tive educação financeira, nem recebia mesada, nem tive uma família em que o pai e a mãe têm trabalhos regulares, para os quais acordamos cedo, temos salário, férias, 13º, etc então não tive referência, o que é muito importante para um futuro mais tranquilo financeiramente. Minha mãe não trabalhava e meu pai tem uma profissão na qual trabalha-se aos finais de semana e para o qual não há rotina. Foi muito difícil para mim chegar até aqui! 
Bem, mas eu tenho uma grande amiga, que não tem obrigação nenhuma comigo, nem da minha família é, e disse que eu não me preocupasse pois ela arcaria com todos os custos, afinal era a minha saúde que estava em jogo. Imagina que pessoa generosa! Somos apenas amigas! Nestas horas é que sabemos com quem podemos contar!
Passada a preocupação com a carteira, minha cabeça ficou livre para se preocupar com a cirurgia, que ocorreu as seis da manhã seguinte.
Cheguei no centro cirúrgico. Vi o médico sentado num canto, colocaram-me as meias anti trombose e o anestesista começou a me apagar! Foram os 10 ou 15 segundos mais prazeirosos de toda a história! Acho que é aquela a sensação de quem se droga... Muito doida, apaguei!


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